„Perdigão perdeu a penaNão há mal que lhe não venha.Perdigão que o pensamentoSubiu a um alto lugar,Perde a pena do voar,Ganha a pena do tormento.Não tem no ar nem no ventoAsas com que se sustenha:Não há mal que lhe não venha.Quis voar a üa alta torre,Mas achou-se desasado;E, vendo-se depenado,De puro penado morre.Se a queixumes se socorre,Lança no fogo mais lenha:Não há mal que lhe não venha.“

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