„O que eu pensava sabia que o pensavam os outros. Quem sabe se havia os outros. Eu sentia-me pensar colectivamente. O meu terror, a minha angústia era de vários pensamentos ao mesmo tempo. (…)A sensibilidade que eu julgava minha pertencia a um conjunto, não tinha personalidade, porque era várias pessoas; nem localização, porque estava em vários lugares. Se eu pensava no Chefe, sentia todos atrás de mim: é que eu era o Chefe e ia eu à frente. Mas eu não era o Chefe, e ia no meio dos outros… Eu afinal onde ia? De que lado estava a noite? Isto acontecia na vida? A vida? Tudo estava longe como o dia e as formas da planície.“

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