„Ao que nasceu para mandar, ao que se sente poderoso no seu ademane e na sua obra, que lhe importam os contratos? Não se pode contar com tais elementos; chegam com o destino, sem causa, sem razão, sem objectivo, sem pretexto, com a rapidez do raio, por demasiado terríveis, rápidos, e contundentes para que possam ser objecto de ódio. A sua obra consiste em criar instintivamente formas e imprimir cunho; são os artistas mais involuntários e mais inconscientes; onde eles aparecem, em pouco tempo há alguma coisa de novo, maquinismo vivo, onde está limitada e ordenada a função de cada parte e tudo acha a sua significação com respeito ao conjunto. Estes grandes organizadores não sabem que coisa seja falta, responsabilidade, respeito, neles reina este egoísmo terrível do artista com olhar de aço que se sente justificado a priori na sua obra, com a mãe no filho.“

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