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Relacionado com: chão
„Foi trabalhoso abrir a cova. A terra estava dura, calcada, havia raízes a um palmo do chão. Cavaram à vez o motorista, os dois polícias e o primeiro cego. Perante a morte, o que se espera da natureza é que percam os rancores a força e o veneno, é certo que se diz que o ódio velho não cansa, e disso não faltam provas na literatura e na vida, mas isto aqui, a bem dizer, não era ódio, e de velho nada, pois que vale um roubo de um automóvel ao lado do morto que o tinha roubado, e menos ainda no mísero estado em que se encontra, que não são precisos olhos para cavar mais fundo que três palmos.“
„O costume de cair endurece o corpo, ter chegado ao chão, só por si, já é um alívio, Daqui não passarei.“
„A mais perfeita polidez é apenas um belo edifício feito, do chão ao teto, de graciosas e douradas formadas de caridosas e generosas mentiras.“
„(Come chocolates, pequena;Come chocolates!Olha que não há mais metafísica no mundo senão chocolates.Olha que as religiões todas não ensinam mais que a confeitaria.Come, pequena suja, come!Pudesse eu comer chocolates com a mesma verdade com que comes!Mas eu penso e, ao tirar o papel de prata, que é de folhas de estanho,Deito tudo para o chão, como tenho deitado a vida.)“
„E pode levantar-me desta poltrona deixando os sonhos no chão…“
„É por isso que tomo ópio, é um remédio. Sou um convalescente do momento, moro no Rés do chão do pensamento e ver passar a vida faz-me tédio.“
„Para rodar a cena em que Neo confronta múltiplos agentes Smith, foram três semanas de trabalhos diários e 12 dublês. Em determinado momento naquela sequência, eu sou agarrado por dois agentes, dou uma pirueta para trás, pego a cabeça deles e bato uma contra a outra, só para fazer esse detalhe, os dublês tiveram de se jogar 21 vezes contra o chão. Eu queria arranjar um jeito melhor de dizer obrigado aos caras que me ajudaram a criar as cenas de luta mais incríveis do cinema. Dei uma moto para cada um deles.“
„A realidade é um bêbado jogado no chão, até que alguém bata na minha porta e prove o contrário.“
„E se o telefone tocar diga que eu morri que estou mortinho da silva, estirado no chão da sala com o coração na mão. Diga que retirei meu coração com a mão? ele estava doendo demais.“
„O ridículo é que só no chão você percebe que caiu. Então é tarde demais.“
„Tenho tentado aprender a ser humilde. A engolir os nãos que a vida me enfia pela goela a baixo. A lamber o chão dos palácios. A me sentir desprezado-como-um-cão, e tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar um café e continuar.“
„Quando procuramos estimular a nossa inteligência e o nosso conhecimento, sentimos constantemente a resistência da época como um peso que devemos arrastar, mas que, apesar de todo o nosso esforço, insiste em manter-se no chão.“
„Qualquer migalha que se dê ao homem simples o fará feliz. Quem vivia com uma inflação de 50% ao mês, e de repente, mesmo ganhando a miséria de 65 reais, vê que o dinheiro está estável, suspira de alívio. Essas pessoas têm um imperativo categórico, usando a linguagem de Kant, o grande filósofo alemão: comer. Para elas, pão na mesa é o fundamental. Ficam satisfeitas quando constatam que o dinheiro vale o mesmo que há quatro dias. Compreensível, natural… Mas o Sr. percebe que isso é uma farsa, que daqui a pouco isso vai explodir outra vez. Essas pessoas são tão simples que não sabem o que significa Estado de Emergência Econômica. Mas sentem uma profunda sinceridade quando falo. São atingidas não pela razão fria, mas pela emoção. E aí somos todos iguais: o servente que limpa o chão e o astrofísico. Ambos amam, odeiam, têm esperanças.“
„Manifiesto de la LibertadNestes versos não há poesia Nem mesmo filosofia Apenas um grito de rebeldia, uma canção de Anarquia Não tapem seus ouvidos, e não calem minha boca; Porque mesmo calado eu grito, Mesmo morto eu proclamo…Que a música que eu ouço ao longe Sejam as trombetas do apocalipseO Exército marcha nas ruas Com as suas botas sujas de sangue; Torturam estudantes e matam manifestantes Enquanto são aplaudidos por um bando de ignorantesQue as palavras que eu falo Não sejam ouvidas como prece E nem repetidas com fervor, Apenas respeitadas como a canção de um homem que morreu por amorErguemos nossa bandeira negra E lutamos contra o Fascismo Mas a outra metade se calou e aplaudiu o NazismoOs líderes mundiais dividiram o povo Na esquerda colocaram os enforcados, e na direita os decapitados E nessa tensão o homem aplaude, julgando os mortos do outro ladoOs porcos fascistas continuam marchando O chão de sangue continuam manchando Enquanto o hino nacional continuam cantando…Com mentiras populistas alienaram a população Em uma guerra civil transformaram o povão; Em um espelho de sangue, aonde irmão mata irmão Diziam os fascistas ‘’ É uma batalha contra corrupção’’ Mataram um negro inocente o acusando de ladrão…Um general fascista junto de um capitão criaram campos de concentração ‘’ Precisamos combater o comunismo em nome da nação’’O Povo sem esperança e sem alegria Levantaram bandeiras de anarquiaPois enquanto existirem jovens rebeldes existirá anarquia A Juventude exalava rebeldia;Nas ruas marchamos e lutamos Muitos de nós morreram, mas morreram lutando…Suas lutas não foram em vão Finalmente capturamos o capitão- Enforquem-no! Em nome da nação!“
„Alegoria do SuicídioEu sei que hoje será o meu último dia na terra, eu decidi isso enquanto caminhava solitário pelas penumbras da noite. Procurei por cada canto daquela vazia avenida, e não encontrei nenhum motivo para existir.Todos os motivos que eu supostamente haveria de encontrar eram mentiras contadas por mim mesmo afim de prolongar o castigo de viver.Voltei para casa, peguei aquela velha corda que ficava guardada na segunda gaveta, amarrei-a sobre o teto, e me dependurei sobre a miséria.Ali estava eu, debatendo-me enquanto sentia o nó daquela velha corda quebrando cada centímetro do meu pescoço, enquanto a minha alma escapava do meu corpo.Eu me debatia, e meus olhos lacrimejavam-se, talvez, fossem lágrimas de arrependimento. Mas agora já era tarde demais…Eu morri e minha alma caiu de joelhos diante da figura de um homem, aquele era eu, uma versão mais madura de mim que já havia passado por todos esses momentos de dor e agonia.Acreditei por alguns segundos, estar diante da morte, pois o meu corpo ainda estava ali dependurado sobre a sala de estar.Caminhei lado a lado com aquele homem misterioso, que com os dedos apontou para as estrelas e com uma voz suave ele me disse:- Se algum dia o desejo da morte gritar em seu rosto, não aperte o gatilho! Pense nas estrelas, elas morrem não porque elas querem, e sim porque chegou a hora.Viver sozinho é como mergulhar no infinito e voar até o céus tocando as nuvens e as estrelasEstar sozinho é como voltar no tempo e sentir-se novamente uma criança ou um deus a vagar pelo cosmosAndar sozinho é como viajar até o paraíso acompanhado por anjos ou dançar no inferno acompanhado por diabosViver sozinho… é também sentir a navalha cortar seus pulsos enquanto seu sangue jorra em alto mar é sufocar-se nas próprias lágrimas até que o seu pulmão se encha de sangue e a luz dos seus olhos se apagueSobreviver sozinho é renascer do castigo de existir é limpar o sangue com as próprias mãos é caminhar mesmo quando já não existe mais chão é matar quando não te oferecem perdão é amar a si mesmo por compaixãoÉ viver sendo o único deus na escuridão…“
„Poema – Os Pássaros na minha janelaEm meu peito vive uma angustiaque transborda pelos meus olhosRespiro ofegantesentindo um aperto em meu coraçãoO desespero toma conta do meu corpocom as mãos tremendoentro no banheiro aos prantosSem pensar nas consequênciaseu me enforco no chuveiroO meu corpo se debate em agoniaas minhas mãos tremulas tentamse agarrar nos azulejosO chuveiro estourasou arremessado ao chão de joelhose as minhas lágrimas fundem-se com a águaChorando sem saber o que fazereu deito na cama abraçado a solidãoPassaram-se três diase eu ainda não me levanteiVejo o meu corpodefinhar-se com a fomeos meus ossos secarem com a tristezaAs baratas no meu quartosão as únicas testemunhasdo meu fim decadenteLá fora há um pássaroque canta em harmoniaeu poderia morrer agorae seus sussurros me fariam sorrir Com o corpo fracosentindo todo o peso do mundonas minhas costasEm passos leveseu tento caminhar até a janelaAo abri-lame deparo com um mundosombrio e repleto de dorSou arremessado de joelhosnas chamas escaldantesdo meu próprio infernoCaminhando descalçoem meio as chamasEu me vejo enforcadogritando o meu próprio nomeCristo se arrastaao meu lado de joelhosenquanto a minha alma chicoteiaas suas costassó para vê-lo sangrarAo fundoeu vejo a mortedilacerando almas confusascom um sorriso em seu rostoUm diabo terrívelse esgueira sobre os meus pésE em seus olhoseu vejo a figura de um homem tristeDeitado na camadefinhando-se com a fomeenquanto as suas angustiascorroem os seus sonhose o mata aos poucosAquela criatura decadentedefinhando-se em seu próprio abismoera tudo que eu fuie tudo que eu souAqueles eram os meus sentimentosminhas dorese minhas angustiasOs ratos se alimentavamdos meus restos podrese as baratas faziam ninhos nas minhas entranhasTal como cristo que sorriupela ultima vezquando foi abandonado pelo seu próprio paiOu como as estrelas órfãsa vagar na escuridãoSomente morto eu poderia sorrirpara os pássaros na minha janela…- Gerson De Rodrigues“
„Contudo, todos nós precisamos de fuga. As horas são longas e têm de ser preenchidas de algum modo até nossa morte. E simplesmente não há muita glória e sensação para ajudar. Tudo logo se torna chato e mortal. Acordamos pela manhã, jogamos o pé para fora da cama, colocamo-los no chão e pensamos ‘ah, merda, e agora?“
„O enterro de meu pai. Atravessamos a rua e entramos na casa mortuária. Alguém dizia que meu pai tinha sido um bom homem. Me deu vontade de contar a eles o outro lado. Que ele era um homem ignorante. Cruel. Patriótico. Com fome de dinheiro. Mentiroso. Covarde. Um impostor. Minha mãe só estava há um mês debaixo do chão e ele já estava chupando os peitos e dividindo o papel higiênico com outra mulher. Depois alguém cantou. Nós desfilamos diante do caixão. Talvez eu cuspa nele, pensei.“
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