„Poema – O Suicídio de um homem santoA Minha vida é uma metáforapara um suicídio inevitávelescrita com o sangue dos poetas mortosComo podem me tirar o direitode acabar com a minha própria vida?Pergunto-lhes indignado!negarias o remédio da curade uma enfermidade terrívela um homem doente?Não!?então por que negam a mim o direito de morrer?Do que vale um sorriso?se a minha alma chora em tormento…Nos devaneios da minha mente insanaviajei até o paraíso ao lado de Cristoe lá estava Deusenforcado em suas próprias tripasCom uma carta ensanguentada em seus pésque dizia;- Me perdoem por condená-los a viverCristo chorava aos pés sujos do seu próprio paie as suas lagrimas tocaram o meu coraçãoo homem que antes era santo,agora clamava por perdãoAs dores em seu peitoeram mais cruéis do que a da crucificaçãosuas bocas pálidas e tremulas me diziam;- Não me deixe cair em tentaçãoEu fiquei completamente sem reaçãonão deveriam ser os homens a clamaremaos deuses por perdão?Olhei em seus olhose vi a mim mesmogritando em desesperoenquanto homens pregavam as minhas mãosA Minha melancoliaé como uma metamorfosehá dias em que ela é parteda minha essênciaHá dias que elase transforma em demênciaComo a lua que possui dois ladosa escuridão que dança com a luzDa mesma maneira que o diabobeijou jesus dependurado na cruzA Minha melancoliamuitas vezes me seduzTalvez esta seja a únicalíngua que me traduzQuem dera fosse eu o homem morto na cruz!Eu devo me suicidar um dia!da maneira mais dolorosa possívelvivendo todos os diassentindo a miséria da existênciadilacerar minha almaComo os pregos enferrujadosque dilaceraram as mãos sujas de cristoSim eu irei me matar!mas apenas quando a vidame afogar em sua misériaaté que os meus pulmõesnão consigam mais respirarMas enquanto eu vagar por estas ruas solitáriasa minha mente irá afogar outrasem reflexões filosóficasAté que a minha loucuratransforme a sua sanidade em demência!“
„Poema – Tessalonicenses 4:16-18Queimem as igrejasrasguem todas as suas bíbliasCristo voltou!e somente os pecadores irãobanhar-se em seu sangue sagradoPadres e Pastoresserão queimadosnas fogueiras da razãoPois o filho de Deusquer vingançasobre as mentiras proclamadasem seu nome;Deitem-se com as Ninfasprofanem-se em imagens religiosasamem os Demônios!Estas dores que afligem o seu peito?esse vazio que não sabes explicar?Enforquem-se em luxuriavendam suas almas ao diaboE deixem que os pecados bíblicossalvem a sua vidaAfastem de mim a sua Filosofia!joguem fora estas Poesias de Amor!Estes são os tempos dos loucose pecadoresSe quiseres a salvaçãodeverás amar a vidae odiá-la a cada segundoPois dada a ordemcom a voz dos arcanjose o ressoar da trombeta de DeusO próprio Senhor descerá dos céuscom a espada que prometestee a ira que guardas em seu peitopois este não veio trazer a Paz!- O que faremos nós com essa angustiaque rasgam o meu peito?- E essa solidão que me mataaos poucos?Gritam as almas tristes emplena agoniade uma vida que não escolheram viver- Matem-se eu vos digo!Morram a cada segundoque as suas dores o fizerem sofrerEnforquem-se na frentede todos aquelesque disseram que as suas doreseram uma mera frescura ou falta de atençãoRasguem suas gargantas com punhais sagradosE matem! Sim matem!Afogado em seu próprio sanguetodos aqueles que disseram que o seu sofrimentoera falta do amor dos deusesPois estes não amamnem mesmo a sepultura!Estão perdidos em tantas metáforas?estas alegorias foram escritas em solo sagrado!E somente os assassinos de Deusaqueles que banharam-se no pecado da humanidadesão capazes de compreende-laVomitem toda a angustiaque há em seu peitoÉ necessário a crucificaçãopara compreender os monstros que vivempresos em sua menteNós os pecadoresnós somos os deuses!Pois nos crucificamtodos os diase zombam das nossas doresSim eu os compreendo!posso ouvir os seus gritos!Não envergonhem-se em sentirdeixem que o sofrimento das suas almas vaziase os pecados da carneOs salvem do suicídio!“