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„Por mais pretextos que demos às nossas aflições, nada mais que o interesse e a vaidade as causam.“
„Eu e o Reagan demos uma boa ajuda para demolir o comunismo.“
„Quebrar uma noz não é verdadeiramente uma arte, por isso ninguém ousará convocar um público e, para entretê-lo, começar a quebrar nozes diante dele. Mas se apesar disso ele o faz e sua intenção é bem-sucedida, então não se trata única e exclusivamente de quebrar nozes. Ou então se trata de quebrar nozes, mas se verifica que não demos atenção a esta arte porque a dominávamos completamente e que este novo quebrador de nozes mostra a verdadeira essência dela – momento em que poderia até ser útil ao efeito se ele fosse menos hábil em quebrar nozes do que a maioria de nós“
„Pois é preciso que gritemos tão alto a verdade, que demos tal relevo à verdade que os surdos a ouçam e os próprios cegos a vejam.“
„Aproximávamo-nos agora da floresta enquanto a estrada ia descrevendo uma volta quando demos pelas pegadas de um homem. Depois de outro homem que trazia botas. As marcas mostravam ligeiros sinais de chuva e parámos o carro para ver melhor a pé.- Tu e eu – disse a Ngui.- Sim – disse ele com um sorriso – Um deles tem pés grandes e caminha como se estivesse cansado.- Um está descalço e anda como se a espingarda fosse pesada demais para ele. Pára o carro – disse a Mthuka. Descemos.- Olha – disse Ngui. – Um anda como se fosse muito velho e mal pudesse ver. O que está calçado.- Olha – disse eu – O que está descalço anda como quem tem cinco mulheres e vinte vacas. Gastou uma fortuna em cerveja.- Não vão chegar a lado nenhum – disse Ngui – Olha, o que vai calçado anda como se fosse morrer de um momento para o outro. Vai a cambalear com o peso da espingarda.- Que achas que andam a fazer por estes lados?- Como é que hei-de saber? Olha, o dos sapatos agora está mais forte.- Está a pensar na shamba – disse Ngui.- Kwenda na shamba.- Ndio – confirmou Ngui – Que idade dás tu ao mais velho, o dos sapatos?- Não tens nada com isso – disse eu. Dirigimo-nos para o carro e quando ele se aproximou subimos e eu indiquei a Mthuka a orla da floresta. O condutor ria-se e abanava a cabeça.- Que é que andavam os dois ali a fazer a seguir as vossas pegadas? – disse Miss Mary – Já sei que era muito engraçado porque todos se estavam a rir. Mas pareceu-me bastante parvo“
„Montei, fui trotando travado. Diadorim e o Caçanje iam já mais longe, regulado umas duzentas braças. Arte que perceberam que eu vinha, se viraram nas selas. Diadorim levantou o braço, bateu mão. Eu ia estugar, esporeei, queria um meio-galope, para logo alcançar os dois. Mas, aí, meu cavalo f’losofou: refugou baixo e refugou alto, se puxando para a beira da mão esquerda da estrada, por pouco não deu comigo no chão. E o que era, que estava assombrando o animal, era uma folha seca esvoaçada, que sobre se viu quase nos olhos e nas orêlhas dele. Do vento. Do vento que vinha, rodopiado. Redemoinho: o senhor sabe — a briga de ventos. O quando um esbarra com outro, e se enrolam, o dôido espetáculo. A poeira subia, a dar que dava escuro, no alto, o ponto às voltas, folharada, e ramarêdo quebrado, no estalar de pios assovios, se torcendo turvo, esgarabulhando. Senti meu cavalo como meu corpo. Aquilo passou, embora, o ró-ró. A gente dava graças a Deus. Mas Diadorim e o Caçanje se estavam lá adiante, por me esperar chegar. — “Redemunho!” — o Caçanje falou, esconjurando. — “Vento que enviesa, que vinga da banda do mar…” — Diadorim disse. Mas o Caçanje não entendia que fosse: redemunho era d’Ele — do diabo. O demônio se vertia ali, dentro viajava. Estive dando risada. O demo! Digo ao senhor. Na hora, não ri? Pensei. O que pensei: o diabo, na rua, no meio do redemunho… Acho o mais terrível da minha vida, ditado nessas palavras, que o senhor nunca deve de renovar. Mas, me escute. A gente vamos chegar lá. E até o Caçanje e Diadorim se riram também. Aí, tocamos.“
„Nem sempre foi assim! Mas os homens não nos querem mais, as mulheres nos odeiam. Saiamos daqui. Vamo-nos. Eu (diz a Pureza) para o poleiro das galinhas. Eu (diz a Castidade) para as colinas ainda não violadas de Surrey. Eu (diz a Modéstia) para qualquer canto onde haja muitas heras e cortinas.””Pois lá, e não aqui” (todas falam ao mesmo tempo, dando-se as mãos e fazendo gestos de despedida e desespero na direção da cama onde Orlando jaz adormecido) “nos ninhos e nos toucadores, nos escritórios e nos tribunais, reside ainda quem nos ame, quem nos honre; virgens e comerciantes; advogados e médicos; aqueles que proíbem; aqueles que negam; aqueles que fazem reverências sem saber por quê; aqueles que louvam sem entender; a tribo ainda muito numerosa (graças aos Céus!) das pessoas respeitáveis; que preferem não ver; desejam não saber; amam a escuridão; os que ainda nos adoram, e com razão, pois lhes demos riqueza, prosperidade, conforto, bem-estar. Vamos rumo a eles e te deixamos sozinho. Vinde, irmãs, vinde! Aqui não é o nosso lugar.“