„Aproximávamo-nos agora da floresta enquanto a estrada ia descrevendo uma volta quando demos pelas pegadas de um homem. Depois de outro homem que trazia botas. As marcas mostravam ligeiros sinais de chuva e parámos o carro para ver melhor a pé.- Tu e eu – disse a Ngui.- Sim – disse ele com um sorriso – Um deles tem pés grandes e caminha como se estivesse cansado.- Um está descalço e anda como se a espingarda fosse pesada demais para ele. Pára o carro – disse a Mthuka. Descemos.- Olha – disse Ngui. – Um anda como se fosse muito velho e mal pudesse ver. O que está calçado.- Olha – disse eu – O que está descalço anda como quem tem cinco mulheres e vinte vacas. Gastou uma fortuna em cerveja.- Não vão chegar a lado nenhum – disse Ngui – Olha, o que vai calçado anda como se fosse morrer de um momento para o outro. Vai a cambalear com o peso da espingarda.- Que achas que andam a fazer por estes lados?- Como é que hei-de saber? Olha, o dos sapatos agora está mais forte.- Está a pensar na shamba – disse Ngui.- Kwenda na shamba.- Ndio – confirmou Ngui – Que idade dás tu ao mais velho, o dos sapatos?- Não tens nada com isso – disse eu. Dirigimo-nos para o carro e quando ele se aproximou subimos e eu indiquei a Mthuka a orla da floresta. O condutor ria-se e abanava a cabeça.- Que é que andavam os dois ali a fazer a seguir as vossas pegadas? – disse Miss Mary – Já sei que era muito engraçado porque todos se estavam a rir. Mas pareceu-me bastante parvo“