„CristoO Filósofo Gabriel se apaixonou por uma linda moça chamada Maria. Maria morreu no parto, mas em suas últimas palavras disse-lhe que teriam uma filha que iria trazer aos homens a chave para o conhecimento.Sua Filha, Jesus, nasceu em uma biblioteca, aonde foi visitada pelos mais renomados Filósofos da época. Sua filha foi educada no mais alto escalão literário e após seus 12 anos, a vemos como uma jovem Poetisa.Aos dezoito anos, Jesus tornou-se uma renomada Filósofa e então começou a ensinar novos alunos por toda a cidade. Dentre seus ensinamentos, estavam como base a Anarquia e a rebelião a todos sistemas de crenças, e após muita leitura, descobriu que o único deus que ela dobraria os joelhos nesse mundo, seria a mulher que vês diante do espelho.Jesus fez também muitas coisas boas. Comandou rebeliões contra o governo vigente que os oprimia. Lecionou os mais pobres e até mesmo Publicou livros.Por fim, seus atos revolucionários foram vistos como uma ameaça a religião e ao estado. E não demorou muito para que as autoridades desejassem sua morte. Jesus Lecionou Filosofia por uns três anos e meio desde então, de modo que aos seus 34 anos de idade foi crucificada em praça publicaSuas últimas palavras são repetidas até hoje– Amai a ti mesmo como nenhum próximo o fará! E nenhum deus dirá não! Pois não existe deus se não o próprio homem!Gritava em agonia a jovem mulher pregada na cruz Enquanto os apedeutas gargalhavam como diabos sátiros.“
„O Dia em que eu morriHoje fui assombrado por todas as tristezas do mundo, a solidão que era a minha melhor amiga tentou me assassinar, e a melancolia que a muito tempo a aceitei como parte da minha essência, transformou-se em demência e levou-me a loucura.Gritei por ajuda mas ninguém naquele quarto vazio poderia escutar minhas preces, as janelas transformaram-se em grades de prisões e aos poucos fui consumido pela escuridão que me aprisionou em um asilo de sofrimento e demência…Demônios terríveis desciam pelas paredes e as vozes em minha mente lembravam-me que a solução para livrar-se da dor era a mortePor muitos anos eu acreditei que havia superado os monstros e os diabos, e que o meu pacto com a solidão e a melancolia haviam feito de mim um homem livre. Mas a liberdade havia se tornado mais uma ilusão, e o Niilismo que há muito tempo havia me libertado das correntes frias da depressão e dos vícios também havia me traído.Pois naquele momento de caos e desespero, eu não era um Niilista, tão pouco um professor ou um intelectual. Eu não era ninguém! Não existiam diferenças entre mim e os vermes, eu finalmente havia percebido que era hoje…Hoje era o dia em que eu morreria, todos temos que morrer um dia certo? Em algum momento os monstros vão sair debaixo da cama e cobrar o pacto que você fez com o diabo, e ele vai sorrir para você e quando o diabo sorri os homens choramDestranquei a gaveta, e peguei aquela velha pistola que jurei nunca mais ver. Coloquei-a contra a minha boca e atirei…Há momentos em que a solidão irá te trair e a tristeza tentará te assassinar então clamaremos por socorro e ninguém poderá escutar nossas preces pois a única solução será matar as dores que assombram o seu coração para que nos tornemos estrelas mortas que continuam a brilhar no vazio da escuridão.“
„Poema – FevereiroHoje eu tomarei todos os meus antidepressivosColocarei fogo na casaE dormirei em meio as chamasNão porque eu deixei de amá-laOu porque desisti da vidaE sim porque não existe em mimUm único resquício de esperança…Flertar com a morteMe ajuda sobreviver dias infernaisMas devo confessar a todos vocêsJá não tenho mais forçasOu psicológico para continuar lutandoAs minhas batalhas foram todas perdidasEste não é um PoemaE sim uma despedidaNão há metáforas ou maldiçõesCapazes de esconder as feridasQue corroem a minha almaTudo que eu fui um diaDesapareceu com o tempoAs pequenas realizaçõesO amor que senti uma única vezOs breves sonhos que nunca vão se realizarHoje tornaram-se memóriasDe um cadáver podreQue deitado em uma cama sozinhoEm posição fetalAguarda o acalanto abraço frio da morteSei que nunca mais serei capaz de amar outra pessoaAté mesmo a insônia me abandonouMe tornei escravo de medicamentosQue me obrigam a dormirAinda não sei como dizer aos meus Pais e AmigosQue eu estou indo emboraSe realmente me compreendessemOu sentissem a minha dorSaberiam que essa é a minha única saídaJá fazem dois dias que eu não consigoParar de chorarE o que eu deveria fazer?Continuar mentindo para mim mesmo?Inventando motivos para mover uma vidaDa qual odeio repulsivamente?Apenas saibam que simEu vivi lindos momentosAmei intensamente um anjoQue fez meus olhos brilharemEspalhei pelo mundoPoesias & MaldiçõesDescritas em livros!Mas hoje…Já não existe nadaQue seja capaz de me manter neste mundoA solidão me assusta…O amor me fez sangrar…E nenhum abraçoÉ capaz de me salvarAlgumas pessoas dizemQue o tempo será capaz de curarAs minhas feridasMas nenhum de vocês percebeuQue não são as feridas que me machucamE sim a ausência de um sorrisoQue um dia me deu motivos para viverQuando eu estiver mortoNão chorem (…)Lembrem-se que este velho PoetaQue tanto flertou com a morteUm dia se apaixonou pela vidaE sorriu ao menos uma única vez…- Gerson De Rodrigues“
„A minha alma afoga-se em lágrimas,estou hoje mortocomo se nunca tivesse nascidoNas noites solitáriasem que a angustia transforma-se em desesperoenforco-me nos meus sonhos de infânciaque um dia me fizeram sorrirTudo o que eu vivivivi em agonia;Sou o monstro que rasgou as entranhas da minha mãee a matou no partosou a miséria que se alastra pelo mundoE ao mesmo tempo não sou nadaalém de um verme qualquerE como eu poderia ser alguma coisa?se falhei em tudo!Vivo a vida com intensidadedespertando paixõesnos rincões do universoMentindo no espelhoque eu não irei me matare por que eu me mataria?Se as dores que vivem em meu peitosão as únicas coisas que me mantém vivoComo eu ousaria cometer este crime terrível?e tirar a minha própria vidaquando cometo a petulância de olhar na cara de Deus e dizer- Não amaldiçoas-te me com a vida?Agora amaldiçoou a ti com a FilosofiaEu sou o homem que nasceu para odiar a vida,e em letras transformo meu ódio em Poesiaminha tristeza em Filosofia eminha paixão em MelancoliaSe algum dia eu tirar a minha própria vida,irei certificar-me de ter feito dela o meu parque de diversõeso meu reino de Deuso meu Céue o meu InfernoSe algum dia eu tirar minha própria vida,sobre o meu tumulo irão de escrever- Aqui jaz o homem que fez a vida curvar-se perante os seus pésNão me entregarei as dores do mundo,ou a está maldição que a mim foi concebidacontra minha maldita vontadeNão direi a vidaem sua cara covarde‘’ Oh vida não suporto as suas dores’’Irei gritar em seu rosto frio!- OH VIDA, TU NÃO ME SUPORTAS!!“
„Poema – SamaelCerta vez um arcanjoque havia sido expulso do paraísoisolou-se em um profundo abismoa escrever PoesiasA sua solidãoera como a morte de um buraco negroprimeiro extinguia-se toda a luz que existia em seus olhosdepois suicidava-sena mais terrível escuridãoNas auroras do tempouma jovem humanatão bela quanto as canções angelicaisMas tão tristequanto ao suicídio de uma criança órfãSe aproximou do solitário arcanjooferecendo a ele todo o seu amorDurante dois diase duas noitesAmaram-se tão completamenteque as estrelas do universovoltaram a brilharNão demorou muitopara que a escuridão voltasse a assombrar os seus coraçõespois quando você passa muito tempo no abismoa sua alma morre a cada segundoSuas asas tornaram-se negrase a escuridão em seu peitoafastou a única humanacapaz de amá-loRecluso no abismoafogando-se em misériaaceitou a solidão como a sua única companhiaEla nunca foi capaz de deixa-losuas poesias conversavam com as suas lágrimasE a distância em seus coraçõesos separavam de um amor impossívelA dor se transformou em angustiae a tristeza em uma terrível tragédiaEla se envenenou com as suas poesiase ele a segurou em seus braços pela ultima vezExistem muitas formas de morrermas nenhuma delas causa tanto sofrimentoquanto ao suicídio de um amor sinceronos corações gélidos de uma alma decadenteA Culpa fez o arcanjo ir a loucurabatendo as suas asas ele viajou até o paraísoe com as suas próprias mãosmatou todos os deusesCaminhando descalço sobre o sanguesagrado de cristoenforcou com as tripas dos deusestodos os homensEspalhando a sua dor pelo mundoele se enforcou sobre o túmulo da sua amada…- Gerson De Rodrigues“
„Poema – SloniecNas auroras do tempomuito antes dos homenscaminharem pela terraUm arcanjo que odiavatodos os deusesbatia as suas asas na mais ríspida solidãoCerta vez,enquanto vagava pelo universoescutou os lamentos de um anjo;Sloniec chorava,e as suas lágrimas partiramo seu coraçãoAquele arcanjo de asas negrasque viveu toda a sua vidaatormentado pelas suas angustiasComoveu-se com as lágrimasdaquele anjoE ao perguntar porqueela estava chorandoO anjo respondeu que haviacometido o maior de todos os pecadosEla havia se apaixonado pelo Arcanjoenquanto observava ele vagandoem sua própria solidãoAssustado com o Amorque nunca havia sentidoO Arcanjo bateu as suas asase isolou-se nos confinsde um buraco negroDevido ao pecado de Amaros deuses baniram a almadaquele anjono corpo de uma criança humanaO Arcanjo enfurecido,se rebeloucontra os deusesE com as suas próprias mãosderrubou os portões dos céusEnforcando todos os deuses e arcanjosem suas próprias tripasfazendo das suas vísceraspoesias de sangueE como um último atoenquanto chorava olhandoas estrelasBaniu a si mesmopara o reino dos homensReencarnandoem um jovem Poeta;Ele havia crescido sem lembrardo seu passadoMas durante toda a sua vidaafogava-se em lágrimasque ele nunca soubede onde vinhamSloniec era a mais belahumana que já havia caminhado pela terrao seu sorriso era como a Lua e as Estrelaslábios que nos beijam e nos levam a loucuraMas o seu coração era tristee o suicídio vagava ao seu lado;Enquanto planejava se enforcarem uma destas noites solitáriasO jovem poeta foi atraídopela mais bela das sinfoniasUma voz tão doceque fariam flores nascerem um coração suicidaSem compreenderaquele nefasto sentimentoo jovem poeta jurou pelos deusesque havia matadoQue iria amar e protegeraquela garotaque fez suas asascrescerem novamente…- Gerson De Rodrigues“