„Poema – Uma triste história de amorHá Muito temponos confins do universoexistia uma triste história de amorA Morte se apaixonou pela solidãoe deste amor improvávelnasceu uma triste criançaA Solidão não suportava a sua tristezae todas as noitesela era atormentada por sua terrível melancoliaA Morte ao escutar aquela criança chorarseus olhos embargavam-se de sangueO Universo estava em criseos deuses questionavam a sua própria divindadee a presença daquela inocente criançafaziam os diabos choraremComo em um conto de fadasou em uma poesia de amoraquela criança trouxe a aquele mundo fantásticosentimentos de dorMas que culpa tinha a pobre criança?O brilho em seus olhosexpressavam a morte das estrelase as suas asas tão belaseram negras como o próprio universoA Solidão nunca foi capaz de amaro seu próprio filhoE a sua paixão pela morteera como uma sinfonia perfeitaA Morte não roubava a sua Solitudee a solidão não entregava a Mortesentimentos de dorA Sinfonia de um relacionamento perfeitodeu origem a uma criança malditaCom o universo em desequilíbrioa solidão pegou o seu próprio filho em seus braçose para não sacrificar a sua solitudea arremessou no mundo dos homensEssa criança sou eu…A Minha alma foi aprisionada no corpode uma criança humanaeu cresci no lar de uma famíliaque nunca foi capaz de me amarCaminhei sozinho durante noites solitáriase as únicas coisas que me atraiameram as sinfonias das estrelas ao se apagaremEu sou o filho bastardo da solidãoe não há nada neste mundocapaz de preencher o vazio que existe em meu peitoSe não fosse a música,o diabo que vive em mim já teria enlouquecidoEu passo noites de insônia acordadoescutando as mais melancólicas sinfoniasesperando que em uma bela manhãa morte venha me encontrarDeitado submerso em uma banheirarepleta de águaeu vejo o sangue dos meus punhosfundirem-se com a canção das estrelasA Solidão chorava por ter abandonado o seu próprio filhoe aquela pobre criançaque a muito tempo foi arremessada no mundo dos homenssorri pela primeira vezsubmersa em uma banheira de sangue“