Jogos
Todos emoji
Citações
Home
»
vertigem
Relacionado com: vertigem
„Tenta viver em contínua vertigem apaixonada; só os apaixonados levam a cabo obras verdadeiramente duradouras e fecundas.“
„Dizes contentar-te com pouco; é essa, na realidade, a suprema sabedoria mas eu fui sempre a grande revoltada e a grande ambiciosa que só quer a felicidade quando ela seja como um turbilhão que dê a vertigem e que deslumbre!“
„O que é vertigem? Medo de cair? Mas porque temos vertigem num mirante cercado por uma balaustra sólida? Vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio debaixo de nós, que nos atrae e nos envolve, é o desejo da queda do qual nos defendemos aterrorizados.“
„A vertigem não é o medo de cair, é outra coisa. É a voz do vazio embaixo de nós, que nos atrai e nos envolve, é o desejo da queda do qual logo nos defendemos aterrorizados.“
„A maior faculdade que nossa mente possui é, talvez, a capacidade de lidar com a dor. O pensamento clássico nos ensina sobre as quatro portas da mente, e cada um cruza de acordo com sua necessidade.Primeiro, existe a porta do sono. O sono nos oferece uma retirada do mundo e de todo o sofrimento que há nele. Marca a passagem do tempo, dando-nos um distanciamento das coisas que nos magoaram. Quando uma pessoa é ferida, é comum ficar inconsciente. Do mesmo modo, quem ouve uma notícia dramática comumente tem uma vertigem ou desfalece. É a maneira de a mente se proteger da dor, cruzando a primeira porta.Segundo, existe a porta do esquecimento. Algumas feridas são profundas demais para cicatrizar, ou profundas de mais para cicatrizar depressa. Além disso, muitas lembranças são simplesmente dolorosas e não há cura alguma a realizar. O provérbio ‘O tempo cura todas as feridas’ é falso. O tempo cura a maioria das feridas. As demais ficam escondidas atrás dessa porta.Terceiro, existe a porta da loucura. Há momentos em que a mente recebe um golpe tão violento que se esconde atrás da insanidade. Ainda que isso não pareça benéfico, é. Há ocasiões em que a realidade não é nada além do penar, e, para fugir desse penar, a mente precisa deixá-la para trás.Por último, existe a porta da morte. O último recurso. Nada pode ferir-nos depois de morrermos, ou assim nos disseram.“
„Não há uma fatalidade exterior. Mas existe uma fatalidade interior: há sempre um minuto em que nos descobrimos vulneráveis; então, os erros atraem-nos como uma vertigem.“
„Cada pessoa é um abismo. Dá vertigem olhar dentro delas.“
„Um corpo diferente de todos, mais fino, mais alvo, cor-de-rosa, uma beleza que não se sabe — como uma riqueza inesperada, roubada, como uma vertigem… Despir Dona Lalinha será sempre um pecado. Eu teria de ter vivido para a merecer — desde a hora do meu nascimento.“
„Cada manhã, antes mesmo de abrir os olhos, ela reconhecia sua cama, seu quarto. Mas, às vezes, quando dormia de tarde, experimentava ao acordar aquela estupefação pueril: por que eu sou eu? Como se a consciência, emergindo despercebida do sono, hesitasse antes de se reencarnar. O que a surpreendia — como a criança quando toma consciência de sua própria identidade — era se encontrar no âmago de sua própria vida e não na de outra pessoa: por qual acaso? Ela poderia não ter nascido: então não teria havido questão. “Eu poderia ter sido uma outra, mas então teria sido uma outra que se interrogaria sobre si.” Isto lhe provocava a vertigem de sentir de uma só vez sua contingência e a necessária coincidência com sua história.“
„Se a gente pensar que já viveu tudo o que tinha pra viver, que não há mais surpresas nem vertigens pela frente, que graça terá acordar amanhã de manhã?“
„O BEIJO E A LÁGRIMAQuero um beijo, pediu ela.Um sismoabalou o peito dele.E devotou o calorde lava dos seus lábios,entontecida água na cascata.Entusiamado,ele se preparou para, de novo,duplicar o corpo e regressar à vertigem do beijo.Mas ela o fez parar.Só queria um beijo.Um único beijo para chorar.Há anos que não pranteava.E a sua alma se convertiaem areia do deserto.Encantada,ela no dedo recolheu a lágrima.E se repetiu o gestocom que Deus criou o Oceano.“
„Poema – F32.3O sangue que escorre das suas víscerasé a morte de todas as suas convicções?Ou os devaneios sincerosde um suicídio inevitável?Não tentem me salvar!se afastem de mimdeixem que eu apodreça na minha própria misériaSe me ouvirem gritartampem os seus ouvidos!Escondam-se em suas igrejasreúnam-se em coletivosamem uns aos outrosMas eu imploro de joelhos!Deixem que eu me enforqueem meu quarto sozinhoQuero sentir a agonia do suicídiocurando cada ferida que existe em meu peitoComo ousam!?como ousam me chamar de louco?ou zombar das minhas doresNas poéticas maravilhasdeste assombroso universoansiedades e vertigensme torturam a cada segundoEnquanto o resto de vocêsreúnem-secantam e dançam!Alguma vez já sentiram ódiopor suas próprias vidas?Não me venham com as suas conclusões!não me digam que existe uma curaou que eu devo fazer isso ou aquiloSomente a solidãopode compreender a minha dorNo meu quarto reclusoeu sou judas a cuspir heresiasQuerem me impedir de matar os seus filhoscom poesias escritas em sangue?Então joguem o meu corpo aos cãesou me coloquem em camisas de forçaA minha alma é uma estrela em chamasque brilha mesmo quando o fogo já se apagouEu sou o filho bastardode um futuro que nunca aconteceuNunca fiz parte deste mundonão pertenço a esse teatro de mentirasno qual riem os Deusese choram os homensEstas mascaras que colocamtodos os diasO amor que sentemuns pelos outrosAs armas que usam paramatar aqueles que odeiamOs Deuses! Sim os Deuses!pelos quais curvam seus joelhos imundosA ajuda que me oferecema religião que me cospem na caraOs remédios que tomame dizem que eu devo tomarAté mesmo o ar que respiramou mundo pelo qual caminham com seuspés sujos de sangueEste teatro de almas vaziasque chamam vulgarmente de mundoÉ um lugar do qual eu nunca pertenci!tampouco desejo pertencerQuando encontrarem o meu corpodependurado com vermes a se alimentaremdos meus despojos podresNão chorem…pois se enxergas apenas um homem mortocontinuas cego diante da verdadeira tragédia!- Gerson De Rodrigues“